domingo, 30 de agosto de 2009

Casal Hollup

10 em ponto tocamos o interfone e subimos, Virgínia, Sílvio e eu, prontos para a missão do dia, registrar o maior número de histórias que a câmera pudesse captar em mais de 1h de conversa com Cionyra e Tadeusz Hollup.
         
Câmera, tripé, microfone, cadeiras. Bate-papo para esquentar com informações com gostinho de novidade, mesmo passados quase 60 anos. A câmera ligada só permitiu que se registrasse um bate-papo delicioso que qualquer um que já sentou com eles sabe que flui naturalmente. Claro que um roteirinho de assuntos prestativamente proposto pelo Wal serviu para orientar razoavelmente a conversa. Novas antigas informações foram uma viagem pela história do clube, pela história do montanhismo e principalmente pela história daquele simpático casal de amigos de montanha (sim, posso tirar essa onda já que participei de 2 excursões com o Tadeusz, para o Papudo e para o Capucho do Frade).
            
Maus-bocados de montanha, causos e histórias variadas que causam alguma inveja, amizades construídas e a história do casamento dos dois lindos pombinhos que tiveram uma inesquecível lua de mel em uma excursão oficial do clube. E muito mais!
         
A memória da filmadora se esgotou, o papo continuou, outras histórias surgiram para mostrar que não dá para filmar tudo que eles viveram, mas dá para viver uns bons momentos ao lado desses dois, mesmo que eles insistam em implicar comigo dizendo que fui visitá-los com calças de pijama!

Sobre a entrevista? O vídeo ainda demora para sair editado, mas uma matéria especial sobre o casamento de Cionyra e Tadeusz saí no próximo informativo, aguardem!

sábado, 29 de agosto de 2009

Momento afins do blog

Indo para a despedida da Mariana que vai para Espanha fazer dotourado...

Quando estava quase saindo do 409 que chegava aos Arcos da Lapa, uma das três meninas bonitas sentadas no fundo do ônibus, próximas à porta de desembarque, puxa um cigarro, acende o isqueiro e *FFFUUUUU* (a melhor onomatopéia que pude pensar), assoprei a chama antes que o bastão nicotinado virasse brasa. Não conhecia as garotas, fui fuzilado com o olhar pela tabagista em questão.

Alguns impropérios, fui chamado de abusado (bela inversão de papéis), afinal ,ela não tinha me perguntado nada sobre poder ou não fumar. Na verdade não falei nada, fiquei olhando pra ela com um sorriso irritante que desenvolvi especialmente para os meus alunos ficarem com raiva, quando contrariados, o melhor é que funcionou ali também. Ela insistiu a acendeu de novo o isqueiro, *FFFFUUUUU*, mais impropérios. Propus que ela relaxasse, mas a senhorita continuou tensa e agressiva. Falando que não ia acender o cigarro antes, mas decidiu fazê-lo pelo meu abuso, me mandou a lugares não agradáveis, as próprias amigas estavam constrangidas. Mas infelizmente nessa hora, havia chegado ao meu destino e por isso saltei do ônibus quando a porta se abriu mandando um bejinho simpático na saída.

Pude ver a pobre fumante inconformada e reclamando no ônibus, que ficou para trás preso no trânsito da Lapa. Ganhei a noite, nada como uma inversão de papéis para mostrar para um fumante o sentimento de quem não fuma quando eles acendem seus cigarros em lugares coletivos e fechados. Tudo bem, não mudei o mundo. Concordo, se fosse um pitboy eu teria até acendido o cigarro para ele. Mas e daí? Coloquei em prática um dos maiores prazeres dessa vida , irritar quem te irrita - mas que todos sabem perde por muito pouco para o chocolate e o cafuné.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Excursão Recreativa - Corrida de Kart


19/08/2009
Guia - Eu
P. - Rafael Rossi
P. - Fernando
P. - Mariana Alves "Marimanca"
P. - Gustavo Soares
P. - Dani "Carmelita" (convidada)
P. - Marcos Moura (convidado)
P. - Marie (não correu)
Excursão oficial do CEC


Logo de saída tivemos duas importantes baixas, Gabi Desidério não pode comparecer por motivos de trabalho e nosso grande guia, Alfredo Neto, tremeu nas bases e voltou para casa. Apesar de importantes para nosso evento a excursão teve que continuar.

Após demorada viagem pelo trânsito da Barra da Tijuca, eu, Rafa, Dani e Mariana chegamos ao Kartódromo Premium, na Av. Ayrton Senna, ao lado do shoppinga Via Parque. Lá nos encontramos com Marie, Marcos, Gustavo e Fernando e iniciamos nosso prepararo para o desafio. Infelizmente a Marie não estava passando bem e resolveu virar nossa fotógrafa oficial da atividade, deixando a corrida para uma próxima vez e fazendo promessas pouco ameaçadoras de que me faria comer poeira na próxima oportunidade. Tsc, tsc, preferi não levar adiante tais provocações, afinal, do alto de minha experiência não me deixo atingir por palavras sem sentido de neófitos.

Escolhidos os carros, tivemos ainda a participação de um corredor de fora do grupo que preferimos não considerar na classificação final, e a assim a corrida começou. Dani Carmelita fez um longo reconhecimento de pista, aliás, parece ter lhe tomado todo o tempo da corrida. Mariana Alves preferiu preservar o joelho sem ligamentos cruzados mantendo-se saudavelmente à esquerda, aprendeu rápido o significado da bandeira azul. Gustavo foi claramente prejudicado por um carro menos potente e manteve a elegância enquanto corria de forma muito prudente e evitando ultrapassagens perigosas. Marcos contou com alguns momentos de sorte que lhe propiciaram uma corrida razoável, mas sem muita classe ou lances de ousadia. Fernando foi beneficiado por um carro mais potente, desconfio até mesmo da conversa e da troca suspeita de apertos de mão que me fizeram imaginar alguma possível conspiração a seu favor. A verdade é que a corrida teve emoção apenas na acirrada disputa por posições, marcada por heroicas ultrapassagens entre eu e o Sr. Rossi.

Durante inúmeras voltas trocamos posições, mas infelizmente, graças à alguma sabotagem de algum Gremlin, ou mesmo por articulação desse distinto senhor Rossi junto aos mecânicos do Kartódromo, meu pedal de aceleração começou a travar e manter uma aceleração não esperada. Isso provocou enorme perda de tempo por duas vezes em que pego de surpresa pela aceleração tive que me resignar com rodadas espetaculares das quais pude me recuperar a tempo de evitar maiores problemas. Ainda assim perdi definitivamente minha posição para aquele corredor e não consegui mais alcançá-lo.

Ao fim da disputa, todos saímos muito eufóricos. Foi um interessante e raro momento do clube, por se tratar de uma pouco comum modalidade de excursão de recreação, tendo sua culminância em nossa fraterna confraternização. Passamos rapidamente no Shopping Via Parque para sentar, beber um suco e comentar o evento, depois disso voltamos para nossos queridos lares.

Sinceramente me recuso a tocar no assunto da classificação, uma vez que o objetivo maior foi promover a aproximação entre pessoas tão especiais. A retomada do aspecto lúdico dos tempos da fundação do clube e a possibilidade de reviver tal espírito que formou o CEC foi o maior prèmio que todos nós pudemos ter.


P.S.: Comentários jocosos e que ousem questionar minha versão absolutamente confiável dos fatos serão analisados e correm o risco de serem excluídos sem chance de defesa.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Paredão 22 de Outubro, 4o, V, E2


14/08/2009
Guia - Eu
Participante - Srta. Laís Relvas
Excursão oficial do CEC


Ai, ai. Linda manhazinha de sexta, chegando à base do Cantagalo pudemos ver outra dupla do CEC, Jayme e Jamie, escalando a Brilho da Noite. A preguiça de andar até lá nos deixou disponível preferencialmente as 3 vias mais próximas da contenção. Dentre as opções minha amiga Srta. Relvas fez questão de que eu guiasse a 22 de outubro, já que sabendo que eu nunca havia guiado talvez fosse mais interessante para mim. Gostei muito da preocupação dela com meu bem estar, mas mal sabia a inocente alma que havia optado mal por ela, mas como perrengues fazem parte da brincadeira, deixei (S.F.A.).

Chegamos na base 8:45 (prefiro não comentar o atraso da Srta. Laís Relvas no ponto de encontro, mas ela foi capaz de se redimir com alguns pães de queijo, mas aconselho aos próximos parceirtos de escalada acordá-la por telefone uns 30min antes). Lá fomos nós, sem croqui preferi usar as paradas duplas, a cada 30m, para poder ficar sempre próximo da Laís, ainda mais sabendo que estava colocando a menina em um grau mais alto e constante do que estava acostumada.

O primeiro esticãozinho em 3o grau foi tranquilo. O segundo, com uns lances mais delicados ela mandou muito bem, só titubeou na saidinha para a direita, logo após a chapeleta e antes da P.2. Mas o problema mesmo foi o terceiro esticão.

A saída que é um 4o+ ou mesmo um quintinho exigia demais da Srta. Relvas, recém saída do CBM, acostumada aos terceiros e quartos. Mas nada que um pouco de pilha e uma retesada simpática da corda não resolvesse. Feitos os movimentos mais chatos ela veio sem problemas até a P3. Mas já era tarde para mim, tinha que ir trabalhar. Por isso descemos depois de 3:30 estávamos no carro a caminho de casa.

Acaba aqui a sequência de caminhadinhas e escaladinhas de vagabundo durante a semana, as aulas voltam agora dia 17 de agosto, a gripe suina não parece mais assustar ninguém. Ao menos meus aluninhos vão me encontrar mais feliz. Quanto à Srta. Relvas, tá virando um monstrinho com fome de pedra, não sei se fico orgulhoso ou com medo dela... Talvez os dois.

Esse e outros croquis fora de guias estão na croquiteca do Carioca.





Aqui a foto que a Jamie tirou da gente, no terceiro esticão, comigo dando segurança e a Laís subindo. Dá pra ver direitinho a Laís com o dedo no nariz. Clique na foto para ver com mais detalhes.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pedra da Gávea, Caminhada pesada, trilha pela Barra da TIjuca

10/08/2009

N
essa eu fui sozinho. O projeto verão 2010 Guto 70kg começa agora! Acordei tarde e com preguicinha, mas minha balança foi meu incentivo. 8:27 comecei a trilha, 1:04 para subir - faltam 5 para voltar ao melhor tempo que marquei. O prêmio? Não encontrar ninguém na trilha, deitar tranquilo na lage de pedra e curtir um sol. Ainda tive tempo de escrever um e-mail e tirar onda com os amigos mandando uma foto do visual lá de cima.A volta me tomou mais 1:05, encontrei esses malditos adolescentes que berram na trilha, algum lixo, mas ainda tive tempo de passar em casa e depois ir dar aula.


Eita, vidinha mais ou menos, né não?!

Pedra da Gávea, Caminhada pesada, trilha pela Barra da TIjuca


07/08/2009
Guia - Eu
Participante - Srta. Laís Relvas
Excursão Oficial do CEC

Dessa vez sem atrasos estávamos na entrada trilha 7:30
Passamos pela πRock depois de 30 minutos e já estávamos na Praça da Bandeira com 1:00 de caminhada. Laís aguentou bem a caminhada, sem pedir para descansar foi mantendo o ritmo sem parar. Na base da carrasqueira uma parada se fez necessária, tive que explorar recantos isolados da Pedra da Gávea por motivos de força maior, mas logo estávamos subindo. Mesmo meio babadinha a carrasqueira estava bem segura.

A conversa e a paradinha nos tomaram algum tempo e terminamos a trilha em 2:00, bastante confortáveis. Apesar da previsão do tempo para um dia de sol, as nuvens que envolviam a montanha deixavam tudo muito molhado e gelado, por esse motivo a parada no cume foi curta, o vento estava frio.

A volta nos tomou mais 2:00, com direito a banho de cachoeira no final. Dessa vez foi a Laís que teve que sair correndo para auto-escola, onde pelo visto ela está se envolvendo em um aprendizado muito mais arriscado do que o que ela teve no curso de montanhismo do Carioca. Deus tenha piedade de nossas almas quando ela tiver o porte, digo, a carteira!

Apesar das nuvens o dia valeu a pena, mais uma vez. Agora descobri que além de levar jeito para a coisa a menina também anda bem. Mesmo com o dedo do pé azul, desceu engolindo qualquer resmungo e sem perder a velocidade (o que talvez lhe custe uma unha do pé). Hummm, Laís, vê se lembra de tomar algum isotônico na próxima caminhada para evitar caimbras na perna.


Lionel Terray, 3, IIIsup A0, Pedra Bonita


03/08/2009
Guia- Eu
Participante- Srta. Laís Relvas
Excursão Oficial do CEC

Apesar do pequeno atraso da Laís a excursão não ficou comprometida. Depois de uma hora de trilha estávamos iniciando a escalada 9:15, sem problemas.

O primeiro esticão foi todo protegido em móveis, e apesar de recém saída do CBM a menina não teve problemas em removê-los, mesmo estando bem colocados. O segundo esticão foi tranquilo, sendo quase uma caminhada em zigue-zague. Já o terceiro, em artificial de grampo, relativamente fácil talvez tenha sido a maior novidade para ela. Primeiro porque avisei a ela que não só ela podia pisar nos grampos como também era bastante aconselhável para conseguir progredir.

Ela foi muito bem, apesar de tentar evitar usar os degraus de fita, preferindo se puxar na corda, conseguiu se sair bem com a mudança de técnica, com considerável desenvoltura até. Mas claro, que uns treinos a mais podem fazer bem.

Chegando no platô lanchamos e continuamos os dois curtos esticões finais. O diedro estava babado e ambos roubamos no segundo grampo. Já a aderência foi bem legal de assistir a Laís fazendo. Apesar de falar que não se sente bem com essa técnica, rapidinho ela pegou o jeito e em passos curtos foi finalizando a escalada. Terminamos 12:45. Foram 3:30 de escalada muito calma e sem pressa.

Já a volta foi um pouco diferente, um bocado apressada, em 20 minutos já estávamos no carro, senão eu iria me atrasar para dar aula!

Sobre essa que foi minha primeira escalada com a Laís. Confiei fácil na segurança que ela me deu, apesar de umas travadinhas (normais quando no início a gente quer mostrar serviço) estava sempre atenta e mostrou entender muito bem a dinâmica da guiada. A menina é boa, leva jeito pra coisa, é raçuda e cai na pilha. Ótima companhia para se escalar ainda mais em um dia bonito como aquele. Eu aconselho!
Log book de escaladas e trilhas, agora disponível aos interessados.
Vamos ver se funciona.